AFINAL, A MONTANHA PARIU TRÊS RATOS…

Bem podem os portuenses ficar descansados mais uns tempos: ainda não é desta que o Rivoli vai ser “empochado” pelo rapaz de Lisboa que desde sempre esteve em primas para arrecadar o que nós, munícipes, pensávamos pertencer-nos. O caso é que a Comissão – sim, a Comissão, a verdadeira, a única, a inefável – decidiu mas ainda não vale. Lá para a Primavera de 2007, se correr bem, o dr. Rio autorizará a entrega, ou não – quem pode garantir? Agora, reparem: no início a comissão era de cinco avaliadores, todos funcionários da Câmara. Depois, a coisa não andava e foi anunciada a nova comissão: era a Universidade do Porto. Nunca se soube que esta tinha desistido até há dois dias quando foi anunciada a Comissão – a tal verdadeira, única e inefável. E quem constitui a Comissão? Três excelências, de seus nomes Álvaro Castelllo-Branco, Manoel Teixeira e Raul Mattos Fernandes. Tudo gente fina, a lembrar outras eras e outros trios famosos, como Os Três da Vida Airada, Os Três Estarolas, CóCó, Ranheta e Facada, Bucha e Estica (na verdade estes eram só dois mas o Bucha valia a dobrar…), para tranquilidade e sossego dos tripeiros. Sim senhor, parabéns à Comissão – a verdadeira, etc., etc.. Como se viu afinal, era tudo apenas uma questão de comissão, logo o problema está resolvido.

Esperem lá, mas então… e o Rivoli? Pois é! Aí é que está tudo na mesma, - na estagnação - à excepção da nomeação da outra comissão: a da extinção. Ena pá, que grande confusão! Já não aguento tanta comissão; vou mas é trabalhar (de preferência à comissão) e aproveitando o Natal vou ver se ainda consigo mandar fabricar uma matrioska a que porei o nome de Comichão: vai ser um sucesso de vendas e com o lucro ainda faço uma proposta de trespasse do Rivoli ao futuro concessionário e aí instalarei o Museu da Comissão, que terá como patrona, sabem quem: a Santa Comissão!

Joaquim Soares